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sábado, 12 de maio de 2012

Monteiro Lobato e o petróleo

Após implantar a Companhia Petroleos Brasil, e graças à grande facilidade com que foram subscritas suas ações, Monteiro Lobato fundou várias empresas para fazer perfuração de petróleo, como a Companhia Petroleo Nacional, a Companhia Petrolífera Brasileira, a Companhia de Petroleo Cruzeiro do Sul, e a maior de todas (fundada em julho de 1938) a Companhia Mattogrossense de Petróleo, que visava perfurar próximo da fronteira com a Bolívia, país vizinho que já havia encontrado petróleo em seu território. Com isso Lobato prejudicou os interesses de gente muito importante na política brasileira, e de grandes empresas estrangeiras. Começava a luta que o deixou pobre, doente e desgostoso. Havia interesse oficial em se dizer que no Brasil não havia petróleo. Tendo-os como adversários, passou a enfrentá-los publicamente.
Por alguns anos, seu tempo foi dedicado integralmente à campanha do petróleo, e a sua sobrevivência garantiu-se pela publicação de histórias infantis e da tradução de vários livros estrangeiros. Teimava em dizer que era preciso explorar o petróleo nacional para dar ao povo um padrão de vida à altura de suas necessidades. Tentou, sem êxito, organizar uma companhia petrolífera mediante subscrições populares.
Curiosamente o primeiro poço petrolífero do Brasil seria encontrado, por uma ironia da história, em um local chamado LOBATO (um bairro de Salvador, na Bahia), em 1939.

"Companhia Mattogrossense de Petroleo"



Em fins de 1938, o vacariano Leandro Antonio dos Santos, que residia na Rua Ramiro Barcellos, nº 22, em Vacaria, Rio Grande do Sul, adquiriu várias ações da "Companhia Mattogrossense de Petroleo". A imagem mostra um "recibo provisório" de Rs. 100$000 (Cem Mil Réis), referentes a integralização de "1 UMA açção". A referida Companhia (fundada em julho de 1938), tinha sede na Rua Boa Vista, nº 22, 2º andar, Edifício Paes de Almeida, em São Paulo. O recibo é assinado pelo Sr. Dinarte Fernandes da Fonseca, representante da Companhia na então Vaccaria.
O interessante neste documento, são as assinaturas dos "incorporadores" JOSÉ BENTO MONTEIRO LOBATO (o famoso escritor) e VICTOR AMARAL FREIRE.